Em vez de cantigas de roda crianças gritam: "Sem-terrinha em ação, pra fazer a revolução!"


Matéria da Revista Veja, Editora Abril, Edição 1870 . 8 de setembro de 2004


Carta ao leitor
Sete de Setembro vermelho


Uma reportagem da presente edição de VEJA mostra que funcionam no Brasil 1 800 escolas de ensino fundamental cujas salas de aula são ornamentadas com a bandeira vermelha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e não apenas com o pavilhão verde-amarelo nacional com a inscrição "Ordem e Progresso". Pelo menos 1.000 dessas escolas são instituições públicas. Apesar de pertencerem ao Estado brasileiro, essas escolas e as outras mantidas pelo MST em áreas rurais do país adotam uma cartilha peculiar para os 160.000 alunos. Crianças a partir de 7 anos de idade aprendem que o Sete de Setembro não é o Dia da Independência do Brasil, mas o "Dia dos Excluídos". No calendário dos centros de doutrinação infantil do MST são celebrados os dias 5 de maio, nascimento de Karl Marx; 1° de outubro, Revolução Maoísta na China; e 8 de outubro, morte de Che Guevara.


A repórter de VEJA Monica Weinberg visitou duas dessas escolas, ambas no Rio Grande do Sul, um dos primeiros Estados a absorver na rede pública os estudantes do MST. Em Hulha Negra, município a 80 quilômetros de Bagé onde 4.000 dos 7.000 habitantes são do MST, Monica assistiu a uma peça de teatro encenada por crianças na qual elas repudiavam os transgênicos. Em vez de cantigas de roda, as crianças se davam as mãos para entoar o grito de guerra: "Sem-terrinha em ação, pra fazer a revolução!"


Essas escolas são nocivas. Não apenas por estarem substituindo uma função precípua do Estado, que é fornecer ensino básico às crianças brasileiras, mas por estarem inculcando em uma parcela dos jovens uma ideologia revolucionária que, antes de ser derrotada pelos fatos no século passado, produziu toda sorte de miséria, guerra e infortúnio social. Os campos de doutrinação do MST precisam urgentemente ser vistoriados pelo governo brasileiro, e seus currículos, submetidos a algum tipo de avaliação pelo Ministério da Educação (MEC). Como se tem feito, de maneira freqüente, em relação às ações ilegais e violentas do Movimento dos Sem-Terra, é arriscado ignorar que em vez de civismo essas escolas ensinam a dezenas de milhares de pequenos brasileiros os rudimentos da revolução marxista. (fim)


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Algumas observações importantes sobre o artigo acima:


O Comunismo moderno é proveniente da filosofia materialista de Karl Marx. Ele afirma que só existe a matéria. Nem Deus, nem a alma existiriam. Não haveria céu, nem inferno. A vida seria apenas aqui. Tudo seria feito por interesse material.


É isso que "eles" querem ensinar as nossas crianças? Um Brasil sem Deus...


Karl Marx, Mao e Che Guevara são os heróis que devem ser adorados?


E qual a posição da Santa Igreja?


O socialismo foi inúmeras vezes condenado pelas Encíclicas Sociais, desde a Rerum Rovarum (1891) de Leão XIII até a Centesimus Annus (1991) de João Paulo II.


"E se o socialismo estiver realmente tão moderado, no tocante à luta de classes e à propriedade particular, que já não mereça nisso a mínima censura? Terá renunciado por isso à sua natureza essencialmente anticristã?" (Quadragesimo Anno, n.º 117). Quem faz esta pergunta é o Papa Pio XI, em 1931. Na mesma encíclica ele responde:


"O socialismo, quer se considere como doutrina, quer como fato histórico, ou como 'ação', se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça nos pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica; pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã" (Idem).


"Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista"


Para não deixar dúvida quanto à validade desta afirmação, o Pontífice acrescentou: "Estas doutrinas (...) nós de novo com a suprema autoridade solenemente declaramos e confirmamos"


“O comunismo é intrinsecamente mau e não se pode admitir a colaboração com ele em nenhum campo.” (Pio XI, “Divini Redemptoris”)


Em 1961 o Papa João XXIII citaria e confirmaria o que disse seu predecessor:


"Entre comunismo e cristianismo, o Pontífice [Pio XI] declara novamente que a oposição é radical. E acrescenta não poder admitir-se de maneira alguma que os católicos adiram ao socialismo moderado" (Mater et Magistra, n.º 31).


Faz mais de cem anos que a Igreja Católica condena o comunismo, o socialismo e as suas ramificações.


Nossos filhos trocarão o "Verde-Amerelo", a "Ordem e Progresso", pelo vermelho e "pelo martelo e foice" ? Talvez não, mas é bom não pagar para ver !!!


Por Dilson Kutscher          www.portalanjo.com


 


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